Entenda por que o atraso na regularização aumenta custos e compromete a situação fiscal do proprietário
A regularização do INSS de obras é uma etapa obrigatória e essencial do processo de construção. Quando ignorada, gera cobrança elevada, impede a averbação do imóvel e pode resultar em inscrição em Dívida Ativa. Mesmo obras pequenas, construções residenciais e ampliações estão sujeitas ao controle da Receita Federal, que utiliza bases cruzadas para identificar obras não regularizadas.
Sem orientação técnica, o proprietário corre o risco de ter o cálculo feito de forma padrão, sem aplicação das deduções previstas, o que normalmente aumenta o valor final. Por isso, entender como funciona o processo e quais consequências a falta de regularização gera é fundamental para evitar custos desnecessários.
Por que o INSS de obras é obrigatório
A legislação previdenciária determina que toda obra de construção civil exige comprovação da remuneração da mão de obra utilizada na execução. Essa comprovação é feita por meio do cálculo do INSS da obra, vinculado ao Cadastro Nacional de Obras e ao SERO.
O objetivo é garantir que as contribuições referentes à mão de obra sejam declaradas corretamente. Mesmo que o proprietário não utilize empregados diretos, a Receita Federal adota um cálculo estimado chamado Remuneração da Mão de Obra Total. Essa base é definida conforme padrões técnicos, área construída e características da obra, independentemente da existência ou não de funcionários registrados.
Por isso, toda obra precisa ser regularizada. A emissão da CND é o único documento que comprova que o imóvel está regular perante a Receita Federal.
O que acontece quando a obra não é regularizada
A falta de regularização gera uma série de consequências diretas para o proprietário. Todas elas têm impacto financeiro e impedem o encerramento formal da obra.
Cálculo majorado pela Receita Federal
Quando o proprietário não inicia o processo de regularização, a Receita utiliza o cálculo padrão sem considerar deduções, notas fiscais ou documentação da obra. Esse cálculo quase sempre resulta em valores maiores porque não contempla ajustes permitidos por lei.
Multas e juros
Se a obra é identificada sem regularização, a Receita pode gerar cobrança retroativa com multas e juros. Esse valor aumenta com o tempo e pode ser inscrito automaticamente.
Impedimento de averbação no cartório
Sem a CND, o cartório não averba a construção. Isso impede:
- financiamento
- venda formal
- atualização da matrícula
- regularização de futuras ampliações
A obra permanece irregular até que o processo seja concluído.
Inscrição em Dívida Ativa
Caso o valor cobrado não seja quitado, o débito é enviado para Dívida Ativa. Isso pode gerar:
- restrição fiscal
- bloqueios
- impossibilidade de obtenção de certidões
- cobrança judicial
A situação fica mais grave e onerosa para o proprietário, além de atrasar todas as etapas posteriores.
CNO, SERO e cálculo do INSS: como o processo funciona
O processo de regularização envolve etapas técnicas que precisam ser executadas corretamente para evitar inconsistências.
Primeiro, a obra deve ser incluída no Cadastro Nacional de Obras. O CNO é a base oficial utilizada pela Receita Federal para identificar a obra, vincular documentos e registrar o período de execução.
Depois, é necessário preencher o SERO, onde ocorre o cálculo do INSS da obra. Aqui, a Receita utiliza os elementos definidos pela legislação:
Remuneração da Mão de Obra Total
Valor estimado conforme:
- área construída
- categoria da obra
- tipo construtivo
- padrão
- destinação
- período executado
Deduções permitidas
A legislação permite deduções apenas quando:
- há documentação compatível
- os serviços executados são permitidos para dedução
- as informações estão corretas e vinculadas ao CNO
- não existem inconsistências técnicas
Sem análise adequada, essas deduções não são aplicadas pela Receita Federal e o cálculo fica maior do que deveria.
A etapa final é a emissão da CND, que só é liberada após o pagamento ou após a aplicação das deduções que reduzam o valor devido.
Por que a orientação técnica faz diferença no valor final
Quando o proprietário realiza o processo sem acompanhamento técnico, vários erros comuns acontecem:
- registro incorreto no CNO
- área declarada diferente da área construída
- falta de documentação compatível
- notas fiscais não vinculadas ao CNO
- divergências entre período de execução e dados declarados
- deduções não aplicadas por inconsistência
Esses fatores levam a cálculos maiores, autuações e perda de oportunidades de redução.
A orientação técnica permite:
- revisão detalhada da documentação
- conferência de dados declarados
- correção de informações antes do cálculo
- aplicação das deduções permitidas
- análise de decadência em obras antigas
- regularização com menor custo e total segurança jurídica
Com isso, o proprietário evita pagamentos indevidos e garante o encerramento correto da obra.
Conclusão: regularizar agora evita transtornos no futuro
A regularização do INSS de obras não é opcional. Além de ser exigência legal, evita cobranças elevadas no futuro, impede autuações e garante que o proprietário possa averbar seu imóvel sem complicações. A falta de regularização resulta em valores altos, restrições fiscais e possibilidade de inscrição em Dívida Ativa.
Agir antecipadamente é a forma mais segura e econômica de encerrar a obra. A orientação técnica garante a análise correta, reduz riscos e pode diminuir significativamente o valor final.
Precisa de ajuda para regularizar sua obra?
Conte com um engenheiro especialista para analisar sua carta e reduzir legalmente o valor do INSS da sua obra.
Evite multas, burocracias e perda de dinheiro.

